A Interação Escola-Família-Psicólogo

na de avaliação neuropsicológica.

 

Por: Rogério Fernando.

 

    O trabalho para solucionar as dificuldades de aprendizagem diante das questões de disontogênese social, deve ter uma interação entre escola-família-psicólogo e juntamente ao Psicólogo o Neuropsicólogo e os demais profissionais da saúde que trabalharão caso a caso. Porém há uma dificuldade de realizar essa conscientização da importância dessa interação pelo fato de as famílias pontuarem suas limitações ao lidar com as dificuldades dos filhos, por também terem dificuldades para aprender, por não se envolverem de forma firme na educação dos filhos e por não terem tempo para acompanhá-los nas atividades escolares, justificando assim sua não participação nas atividades da escola. (Lima & Chapeiro, 2015).

 

   Não se deve problematizar a questão da dificuldade de aprendizagem, mas por outro lado não se deve deixar de voltar um olhar para as questões que podem estar por traz dessas dificuldades de aprendizagem apresentadas. A família deve ser orientada pela escola que cumprirá seu papel social, e uma vez orientada pela escola deve cumprir seu papel frente à necessidade da criança e buscar os recursos oferecidos pelas instituições e profissionais da saúde e das ciências humanas.

 

   O rendimento, de sucesso ou de insucesso, escolar ou educativo, resulta do comportamento e atitudes adotados pelos alunos no processo de ensino-aprendizagem, podendo refletir repercussões de diversos fatores internos ou externos, cuja influência poderá variar entre o positivo e o negativo, o necessário e o desnecessário, o desejável e o indesejável, o adequado e o inadequado. Os fatores poderão ser de natureza cognitiva, emocional, motivacional, volitiva, da personalidade, da interação do aluno com a situação, da relação professor – aluno, aluno – alunos, da estrutura e organização familiar, escolar e da turma, entre outras (Pereira, 2015).

    

    Sabendo-se que, esses fatores internos e externos exercem influências levando ao surgimento da disontogênese social, que poderá ter como consequências o aparecimento de distúrbios de aprendizagem como disgrafia, disortografia, discalculia, dislexia, déficits de atenção entre outras, escola e família devem buscar recursos para auxiliar essa criança para um processo de desenvolvimento ontogenético dentro de suas possibilidades de normalidade.

 

  Esses recursos serão oferecidos pelo acompanhamento psicológico e neuropsicológico através de profissionais habilitados para tal exercício. A partir do momento que seja identificado a dificuldade de aprendizagem da criança e a encaminhe ao Psicólogo e sabendo o ganho no desenvolvimento que a criança poderá obter com uma avaliação neuropsicológica e consequentemente uma habilitação neuropsicológica, ao ser direcionada, a criança será avaliada pelo profissional que se utilizará de técnicas e teste padronizados com o objetivo de uma avaliação qualitativa e quantitativa do desenvolvimento neuropsicológico do sujeito.

 

   Glozman (2014) enfatiza que o diagnóstico neuropsicológico precoce da criança é uma ferramenta essencial para a prevenção de desajuste no futuro. Considerando que as possibilidades da neuropsicologia são cada vez mais aplicáveis à infância.

 

    Autor: Rogério Fernando é Psicólogo, formado em psicologia com ênfase em processos educativos pela Universidade Nove de Julho, Especialista em neuropsicologia clínica, pelo Instituto de Psicologia Aplicada e Formação - IPAF Lev Vygotsky); Pós graduado em Docência Para o Ensino Superio, Pela Faculdade Futura.

 

Referências Bibliográficas:

 

Glozman, J. A Prática Neuropsicológica Fundamenta em Luria e Vygotsky: Avaliação, Habilitação e Reabilitação na Infância. In: Características Psicofisiológicas do  Desenvolvimento Mental de Crianças. In: Fatores Sociais na Ontogênes.  tradução: Carla Anauate; revisão: Larissa Zeggio Perez Figueiredo, Francisco Paulino Dubiela. São Paulo: Ed. Memnon, 214. p. 8-49.

 

Lima, T.B.H, Chapadeiro, C. A. Encontro e (des)encontros no Sistema Família-Escola, Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 19, Número 3, Setembro/Dezembro de 2015. p. 493-502. “acessado em”: 20/10/2016. “disponível em”: http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0193879

 

Pereira, F.O. Especificidades do Rendimento, Aptidão e Motivação Escolares em Alunos com Dificuldades de Aprendizagem - Escola Superior de Educação Almeida Garrett / Universidade Lusófona de Lisboa – Portugal. In; Revista Quadrimestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 19, Número 3, Setembro/Dezembro de 2015. p. 525-536. “acesso em”: 05/11/2016. “disponível em”: http://dx.doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0193889